Abstract: Instalação em Realidade Virtual designada por Insepulto Inhumatus. Uma segunda versão de um trabalho apresentado por Moirika Reker e pelos investigadores do NIAM Gilberto Reis e Sérgio Eliseu, exposto na sala da Porta 14. A nova versão em realidade virtual mantém uma iconografia funerária etérea e situa-se o mesmo plano lumínico, tendo sido exibida no evento #18.ART na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
A partir da instalação Insepulto Inhumatus Unburied foi surgindo um conjunto de ideias para a visualizar através de óculos de Realidade Virtual (RV). A pergunta que se colocou foi: como poderia o imersor (aquele que é ou o que faz imergir) tirar o maior proveito da experiência? Em arte, acreditamos que o conhecimento se adquire na junção da experiência sensorial e racional. Tanto a RR como a RV são simultaneamente motivos e ferramentas que nos permitem abordar / explorar / descobrir formas de interagir com o mundo e com o outro. A tecnologia que é um fim em si mesma em arte, está, na nossa perspetiva, votada ao fracasso. O lápis permite um mundo de possibilidades, mas, em si mesmo, de pouco vale. O assunto, aqui, são as histórias que podemos construir e explorar através destes instrumentos e que nos levam, se forem bem-sucedidos, a novas histórias. O mais importante é o acaso, as possibilidades de se fazerem novas ligações.
Portanto, para além da proposta narrativa inerente ao projeto elaborado e à sua variante em RV exibida, esperamos contribuir simultaneamente para a discussão da utilização da tecnologia da RV no campo da investigação académica em artes e da sua exploração, essencialmente, como ferramenta para novas formas de contar / experienciar histórias?
Keywords: Realidade Virtual, Arte e Tecnologia, Narrativas interativas, Inhumatos.
Local: in #18.Art, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. 2019.